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domingo, 14 de março de 2010

Monges em ponto pequeno!


No passado dia 13 de Março, o Serviço Educativo do Arquivo e o Clube do Património da Escola E.B.2/3 Sá Couto, relembraram a importância dos documentos na Idade Média.


O monge voltou a sair do seu convento e conduziu os jovens por uma viagem no tempo, através da exposição "Scriptorium Medieval".






Após a visita guiada, realizada pela Dra Beatriz Matos Fernandes, os alunos foram convidados a realizar uma actividade relacionada com a produção de documentos na época Medieval, tornando-se eles próprios em receptores e monges copistas.


Na época medieval, os arquivos eram essenciais, sabendo-se que eram elementos frágeis e que normalmente se encontravam em itinerância com os próprios membros da família real, ou demais membros das classes mais elevadas da sociedade. Esta itinerância levava à criação de arcas, que acompanhavam sempre a deslocação das famílias, mas também, levava à criação de elementos de protecção mais individuais, sacas de pergaminho.


Relembrando a importância deste tipo de actos, que favoreceram o nosso conhecimento actual, os jovens realizaram sacos mais contemporâneos e pessoais. Através do próprio colorir com marcadores ou até mesmo cosendo outros elementos, os sacos ganharam o cunho pessoal pedido, precisando apenas de ser usado como local de refúgio de um documento deveras importante para a época, o certificado de presença na actividade. Só os documentos mais importantes na Idade Média eram colocados em sacos de pergaminho, e só o nosso documento, volta a merecer tal acontecimento.


Havia chegado a hora de proceder à entrega do documento, sendo para isso necessário que os alunos assinassem e procedessem à colocação do seu nome no respectivo certificado. Ora bem... se os monges escreviam com penas, se na idade média não havia canetas... como iriam eles assinar?!?!? Com uma pena! Assim, os alunos escreveram o seu nome com uma pena, tomando conhecimento por experiência própria, da dificuldade que podia conter este simples acto. Imaginem os anos que os monges levavam para alcançar a perfeição que vemos nos seus manuscritos.

Ultrapassado o momento de se tornarem monges em ponto pequeno, procedeu-se à assinatura das duas partes envolvidas, a escrivã Alexandra de Jesus, que assinou o documento com o seu selo florado e do receptor do mesmo, assinando através do seu selo rodado de lacre.



Uma tarde de experiências, retrocedendo no tempo, demonstrou que pequenos pormenores podem servir de vivências a recordar.



Termino este texto relembrando a mui ilustre presença do Rei D. Gonçalo IX!






Obrigado ao Clube do Património!

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