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quinta-feira, 25 de março de 2010

Dia da Árvore


À semelhança do ano anterior, o Serviço Educativo realizou em 3 escolas do Concelho de Espinho, uma actividade relativa ao Dia da Árvore (21 de Março).
J.I./E.B.1 do Monte - Paramos
E.B.1 Anta 3 - Anta
E.B.1 Quinta da Seara - Silvalde




Assim, sob a necessidade de descentralizar o conhecimento relativo ao arquivo e ao seu trabalho, o Serviço Educativo deslocou-se ao seio escolar nos dias 23, 24 e 25 de Março, contactando com crianças do Pré-Escolar ao 4º ano do 1º Ciclo.
Nesta iniciativa participaram cerca de 230 alunos, que foram sensibilizados para a necessidade cada vez mais presente de reduzir, reutilizar e reciclar, protegendo assim o meio ambiente e possibilitando a vida do Planeta Terra.
A actividade do Dia da Árvore é um tema sensível para o Arquivo, demonstrando que a maioria dos documentos está associada ao papel, tornando assim ambíguo o uso do papel, o perigo que a memória do concelho corre por esse mesmo facto e ainda a sua ligação às árvores e a sua importância no tempo actual.

A redução do papel existente no arquivo é possível com a utilização dos documentos electrónicos, que cada vez ganha mais se entranha na sociedade actual, e da digitalização, que possibilita a protecção dos documentos.


A actividade deu origem a uma caixa porta-documentos, realizada através da reutilização de caixas de cereais, demonstrando-se assim as diversas possibilidades de uso de materiais já usados. O arquivo de cada criança tem como objectivo principal, incutir desde cedo, a necessidade de guardar a memória pessoal, mas também demonstrar a diversidade de tipologias documentais existentes num arquivo, desde os cd´s ao comum papel.










Caixa de Porta-Documentos
Passo-a-passo

Material:

1 caixa de cereais

1 tesoura

1 régua

1 lápis

1 x-acto (não obrigatório)

1º passo: abrir a caixa na zona inferior

2º passo - abrir a caixa lateralmente, com os dedos, ou recorrendo ao x-acto (neste caso é preciso a ajuda dos pais)

3º passo - abrir a caixa e utilizar para os próximos passos a zona interior da mesma

4º passo - com a ajuda de uma régua marcar uma medida (à escolha) na zona lateral da caixa, unindo os dois pontos marcados na aba mais pequena, como é demonstrado na imagem.
5º passo - marcar com auxílio da régua uma medida na zona superior da caixa, neste caso apenas medindo a face maior da caixa

6º passo - unir o ponto realizado na parte superior da caixa ao ponto realizado anteriormente para a medida da aba lateral. 7º passo - realizar o mesmo procedimento na outra face da caixa, utilizando as mesmas medidas lateriais e superiores já usadas no passo anterior. As marcas na caixa deverão ficar semelhantes à da imagem em cima.

8º passo - recortar a caixa pelas medições efectuadas. Importante: necessário recortar a parte superior da caixa como demonstra a imagem superior.

9º passo - Colar novamente a caixa, virando a caixa ao contrário e servindo agora o interior da caixa, como exterior, possibilitando a decoração da mesma. Sugestão: colar primeiramente a parte lateral da caixa e posteriormente a parte inferior.

Bom trabalho!

sábado, 20 de março de 2010

Oficina prenda do Dia do Pai - Fábrica de Rolhas de Cortiça - José Dias Coelho & Filhos

O Serviço Educativo do Arquivo Municipal de Espinho, realizou mais uma oficina de criação da prenda do Dia do Pai, que decorreu no seu pólo do Fórum de Arte e Cultura de Espinho.
Entre os dias 16 e 19 de Março e para inspirar a realização desta actividade, relembrou-se uma das indústrias mais marcantes da cidade de Espinho - Fábrica de Rolhas de Cortiça José Dias Coelho & Filhos.
A fábrica, da qual só resta a memória e os documentos de arquivo, localizava-se entre as ruas 26/33 e 28, sendo notória a sua evolução a nível de melhoramentos na construção ao longo dos anos.
Documentos Arquivo Municipal de Espinho

Imagem 1 e 2 - Requerimento de José Dias Coelho

Data: 10 de Janeiro de 1916

Obras a realizar - construção de um armazém para depósito de cortiça





Imagem 3, 4 e 5 - Requerimento de José Dias Coelho
Data: 30 de Julho de 1927

Projecto de J. Oliveira
Obras a realizar - modificação da fachada de parte da fábrica de rolhas



imagem 6, 7 e 8 - Requerimento de José Dias Coelho
Data: 10 de Maio de 1940
Construtor Civil - Manuel Francisco Pereira
Obras a realizar - construção de armazém para casas-de-banho

Imagem 9 e 10 - Requerimento de José Dias Coelho
Data: 13 de Outubro de 1944
Mestre de Obras - Isidro Pereira de Castro
Obras a realizar - ampliação de alpendre

Oficina de prenda do Dia do Pai











Nos documentos mergulhei

Para a tua prenda encontrar,

De tantos sentimentos que pesquisei,

Só o Amor por ti decidi arquivar!


Relembrando a Fábrica de Rolhas de Cortiça, os alunos realizaram um porta-chaves através da reutilização de rolhas forradas a jornal. O porta-chaves de rolha de cortiça, previamente forradas a jornal, de forma a possibilitar a sua pintura através de marcadores de feltro, foi concretizado através da imaginação de cada criança.


Concluído o porta-chaves, o mesmo foi arquivado dentro de um simples embrulho, que completaria a prenda do Dia do Pai. O embrulho, elemento importante na oficina, simbolizou o acto de guardar algo para alguém que nos é tão especial, o nosso Pai.


Como sempre, Gali o Guardião marcou a sua presença... recebendo cerca de 220 alunos, dos 3 aos 12 anos, do Pré-escolar ao 4º ano de escolaridade

Participaram nesta actividade:

JI / E.B.1 Marinha

JI / E.B.1 Quinta da Marinha

Centro Infantil de Silvalde

Agradecemos aos participantes, pedindo desde já desculpa pela impossibilidade de resposta a todas as solicitações realizadas pelas escolas do concelho, resultado do curto espaço de tempo de duração da referida actividade.

domingo, 14 de março de 2010

Monges em ponto pequeno!


No passado dia 13 de Março, o Serviço Educativo do Arquivo e o Clube do Património da Escola E.B.2/3 Sá Couto, relembraram a importância dos documentos na Idade Média.


O monge voltou a sair do seu convento e conduziu os jovens por uma viagem no tempo, através da exposição "Scriptorium Medieval".






Após a visita guiada, realizada pela Dra Beatriz Matos Fernandes, os alunos foram convidados a realizar uma actividade relacionada com a produção de documentos na época Medieval, tornando-se eles próprios em receptores e monges copistas.


Na época medieval, os arquivos eram essenciais, sabendo-se que eram elementos frágeis e que normalmente se encontravam em itinerância com os próprios membros da família real, ou demais membros das classes mais elevadas da sociedade. Esta itinerância levava à criação de arcas, que acompanhavam sempre a deslocação das famílias, mas também, levava à criação de elementos de protecção mais individuais, sacas de pergaminho.


Relembrando a importância deste tipo de actos, que favoreceram o nosso conhecimento actual, os jovens realizaram sacos mais contemporâneos e pessoais. Através do próprio colorir com marcadores ou até mesmo cosendo outros elementos, os sacos ganharam o cunho pessoal pedido, precisando apenas de ser usado como local de refúgio de um documento deveras importante para a época, o certificado de presença na actividade. Só os documentos mais importantes na Idade Média eram colocados em sacos de pergaminho, e só o nosso documento, volta a merecer tal acontecimento.


Havia chegado a hora de proceder à entrega do documento, sendo para isso necessário que os alunos assinassem e procedessem à colocação do seu nome no respectivo certificado. Ora bem... se os monges escreviam com penas, se na idade média não havia canetas... como iriam eles assinar?!?!? Com uma pena! Assim, os alunos escreveram o seu nome com uma pena, tomando conhecimento por experiência própria, da dificuldade que podia conter este simples acto. Imaginem os anos que os monges levavam para alcançar a perfeição que vemos nos seus manuscritos.

Ultrapassado o momento de se tornarem monges em ponto pequeno, procedeu-se à assinatura das duas partes envolvidas, a escrivã Alexandra de Jesus, que assinou o documento com o seu selo florado e do receptor do mesmo, assinando através do seu selo rodado de lacre.



Uma tarde de experiências, retrocedendo no tempo, demonstrou que pequenos pormenores podem servir de vivências a recordar.



Termino este texto relembrando a mui ilustre presença do Rei D. Gonçalo IX!






Obrigado ao Clube do Património!