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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"A Tua Marca Vamos Criar..." - Oficina de Carimbos


Os Carimbos (um dos mais antigos artigos de escritório) foram o tema central da actividade "A Tua Marca Vamos Criar...", que decorreu durante a semana de 18 a 21 de Janeiro, em 4 escolas do Concelho de Espinho - EB1 Quinta da Seara; EB1/JI Espinho 2; EB1/JI Marinha e EB1/JI Esmojães.



As crianças tomaram conhecimento da importância dos carimbos no "mundo dos adultos", percebendo, que tal como a maioria dos objectos que conhecemos hoje, o carimbo foi evoluindo e alterando a sua forma e a sua utilização ao longo dos tempos.

A história dos carimbos começou há milhares de anos, sendo actualmente uma forma de comprovar a autenticidade de um documento, ou uma forma de tornar o funcionamento dos nossos locais de trabalho mais eficaz.

Uma das mais antigas referências ao uso de carimbos remonta à Mesopotâmia, onde os desenhos eram gravados em rolos de pedra.
Durante a época medieval, o carimbo ganha uma importância diferente. Para demonstrar a autenticidade dos documentos, os reis utilizavam os seus anéis como carimbos feitos de lacre ou cera.
Em Portugal, o Rei D. Dinis declara em 1305, que para um documento ser válido e verdadeiro, era necessário haver 5 testemunhas durante o acto de carimbar, havendo ainda um "homem bom", nomeado pelo Rei, que ficaria na posse do carimbo.

Além da necessidade de autenticidade, os carimbos também poderiam ganhar uma função decorativa, como é o caso das zincogravuras que existiam na Fábrica de Conservas Brandão Gomes e que hoje se encontram no Museu Municipal de Espinho. As zincogravuras, ao contrário das xilogravuras (que só necessitavam de madeira para se esculpir o desenho a carimbar), tinham como base a madeira, mas o desenho era realizado em zinco, ou em alumínio. Este tipo de carimbos dava origem à decoração das latas de conserva produzidas na Fábrica Brandão Gomes e a diversas formas de decoração e publicidade dos materiais relativos à fábrica.


Nos tempos actuais, os carimbos tornaram-se mais funcionais, sendo os mais representativos os de madeira e borracha, que surgiram há mais de 100 anos e necessitam de uma almofada independente de tinta, onde se molham obrigatoriamente os carimbos.
A evolução natural dos objectos vai ditando a substituição dos carimbos de madeira pelos de plástico auto-tintados, em que a tinta vem no próprio objecto de escritório. Há carimbos datadores (como o da imagem inferior), que tinham de ser mudados de um dia para o outro, alterando a data e necessitando de o molhar nas almofadas de tinta. Actualmente, estes carimbos encontram-se muito mais eficazes e menos trabalhosos, como é de notar nos carimbos datadores automáticos, em que a rodagem dos números e a sua alteração é efectuada a cada carimbo feito, não necessitando de ser alterado manualmente.


Os documentos de Arquivo, ajudam a perceber a necessidade deste objecto nos serviços da Câmara. À medida que as necessidades iam mudando, os carimbos também se iam alterando, encontrando-se carimbos em vários documentos de arquivo. Simples palavras como "Confidencial", que se encontram nos documentos do Estado Novo; a simples carimbos de correspondência em que é importante perceber quando o documento dá entrada no edifício da Câmara e quando a resposta sai oficialmente para o exterior.
A evolução é notória e os documentos vão confirmando esse facto.
Ficam aqui algumas das imagens que marcaram esta actividade! Um grande obrigado a todas as escolas que nos acolheram, prometendo o nosso regresso para realizar a mesma actividade com as outras turmas.






No dia 22 de Janeiro, Sábado, foi a vez de alguns alunos da Sá Couto, pertencentes ao Clube do Património, tomarem contacto com os carimbos e compreenderem a sua importância. Cada um escolheu a sua marca e fez o seu carimbo. E carimbo que é carimbo, recebe a sua assinatura.

Agradecemos a vossa presença!





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