Sabes o que se passava em Espinho no ano de 1925?
Vamos descobrir??
-Criação da Fábrica de Sabão (Rua 26) – «Barros & Cª Lda»
-Prolongamento da Rua 18
-Inauguração do Campo de Aviação de Espinho
-Inauguração do Club Desportivo Espinhense
-Anúncio da futura indústria da Fosforeira Portuguesa
-Instalação em Espinho da «Fábrica de Cerâmica Lusitânia», na rua 14
Destruiu diversas casas do Bairro Piscatório;
Destruiu os balneários do campo de futebol do Sporting Club de Espinho, que estava em fase de conclusão;
Provocou estragos na Igreja Matriz de Espinho;
Imagens do livro Monografia de Espinho. página 172
Depois do Ciclone, Espinho recebeu vários telegramas, de todo o país...
«Telegrama da Câmara de […], apresentando as suas condolências pela grande catástrofe sofrida por este concelho».
«Ofício da Câmara Municipal de […], apresentando a sua dolorosa expressão do profundo pesar pelo tristíssimo acontecimento do dia vinte […]»
Actas da Vereação – livro nº 13, acta nº35 de 26 de Dezembro de 1925. p. 88v e 89.
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Formou-se uma Comissão para ajudar todos os que haviam sofrido com o acontecimento, sendo de realçar a necessidade de construir um bairro para alojar todos os que ficaram sem os seus únicos bens, as suas casas...
A construção do Bairro aconteceu essencialmente com a ajuda do Jornal «Diário de Notícias», que abriu uma subscrição pública para ajuda da nossa Vila. Muito dinheiro chegou a Espinho através desse Jornal, tendo também chegado roupas, louça, comida. A ajuda veio de todos...
Sendo necessária a construção do Bairro, mostrou-se também uma preocupação de higienização, de apoio escolar, de melhoria de condições de vida dos sinistrados.
Bairro Diário de Notícias - foi o bairro que foi construído, uns anos depois, para albergar os desalojados.
Plantas do Bairro Diário de Notícias in Arquivo Municipal de Espinho
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Depois deste acontecimento (e mesmo antes, mas agora com mais atenção), foram realizadas diversas obras de defesa da costa, tentando que o mar não continuasse a invadir a vila...
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No ciclone, diversos acontecimentos estranhos aconteceram? Sabem algum?
- Houve um menino, chamado Francisco Joca, que esteve debaixo de pedras durante 3 horas;
- Algumas pessoas saltaram da janela para a rua, tentando fugir da queda da sua casa;
- vários barcos, os conhecidos barcos dos pescadores, voaram e entraram pelas casas dentro, desfazendo-se...;
- Prejuízos superiores a 1.000.000$00 (lembrem-se que não era euros)
Para mais informações... podem enviar e-mail ou dirigirem-se ao Arquivo Municipal de Espinho, onde há um Mar de Documentos para descobrirem...
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«A catástrofe...
Os Jornais diários e locais deram em reportagens desenvolvidas uma ideia nítida da grandeza do ciclone que assolou a nossa praia.
O triste espectáculo que nos apresenta o bairro piscatório, teatro do desastre, comove o coração mais adversos ao sentimento humano!
Era um bairro pobríssimo, pestílento e despido de confortos, mas que servia de refúgios a numerosas famílias de pescadores, pobres de conhecimentos e de recursos materiais, é verdade, mas lobos do mar!
Bem hajam aqueles que movidos pelo mais sagrado dos sentimentos procuram suavizar o seu infortunio!...
Bem hajam...»
Jornal «O Reformador» - Espinho, 3 de Janeiro de 1926
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