Este passeio cultural foi o 1º de dois domingos dedicados aos "Edifícios com História", realizando-se o segundo e último passeio, no próximo Domingo, dia 25 de Julho.
O Roteiro caracterizou-se, acima de tudo, pela troca de conhecimentos dos 22 participantes, como se fosse uma espécie de tertúlia ao ar livre.
C02 – 1ª Câmara Municipal de Espinho – Rua 19
C03 – Casa Fausto Neves – Rua 19
C04 – Casa Manuel Laranjeira – Rua 19
C05 – Piscina Solário Atlântico– Esplanada Beira - Mar
C01 - Casa Otília Violas - Ruas 23/20 e 25
Encomendado por Henrique Pinto Bastos, em 1927, este edifício actualmente é propriedade de Otília Violas. Este edifício urbano foi projectado por arquitectos e engenheiros, apresentando uma ampla zona ajardinada, delimitada por um muro de cantaria. A horizontalidade está presente, apesar da grande variedade de volumes contrastantes entre si.
C02 -1ª Câmara Municipal - Rua 19
O Concelho de Espinho torna-se um facto real neste edifício de traços simples, mas importância máxima. Augusto Castro Soares, toma posse da 1ª vereação neste edifício de 2 pisos, marcado pela simetria da construção, pelo uso do ferro forjado e por um piso térreo relembrando uma bela arcada de arcos de volta perfeita.
Fausto Neves, um dos grandes nomes da música em Espinho e no País, morou neste edifício de dois pisos, onde se evidencia.a evolução e a sua adaptação ao longo do tempo.
“Viva D´Espinho”
Já deixamos a sardinha
Aos freguezinhos entregue,
Pois quando ela é assim fresquinha,
Vale mais do que galinha,
Não há manjar que lhe chegue
Viva d´Espinho,
Não tem rival,
Com pão e vinho
Põe a caminho
Qualquer mortal.
Córadas, frescas, redondas,
C´oas ancas a dar a dar
São bem a imagem das ondas
São bem a imagem do mar.
Basta o pregão afamado
Oh! Fresca d´Espinho viva
Para d´um e d´outro lado
Vir o povo entusiasmado
Com a “massa” respectiva.
Viva d´Espinho
Não tem rival,
Com pão e vinho
Põe a caminho
Qualquer mortal.
C04 - Casa Manuel Laranjeira - Rua 19
Este edifício, marcadamente simples, é um contraponto à personalidade complexa de Manuel Laranjeira, que aqui viveu e se suicidou.
Vendo a Morte
Em tudo vejo a morte! E, assim, ao ver
Que a vida já vem morta, cruelmente,
Logo ao surgir, começo a compreender
Como a vida se vive inutilmente.
Debalde (como um náufrago que sente,
Vendo a morte, mais fúria de viver)
Estendo os olhos mais avidamente,
E as mãos p´ra vida… e ponho-me a morrer.
A morte! Sempre a morte! Em tudo a vejo,
Tudo m´a lembra! e invade-me o desejo
De viver toda a vida que perdi
E não me assusta a morte! Só me assusta
Ter tido tanta fé, na vida injusta
… e não saber sequer p´ra que a vivi.
Manuel Laranjeira
Documento 3 - Piscina Solário Atlântico - 1938 - Arquivo Municipal de Espinho
C05 - Piscina Solário Atlântico - Esplanada
As infra-estruturas podem marcar uma década, uma época, sendo disso exemplo a Piscina. Este edifício modernista foi inaugurado em 1943, transformando-se no ex-líbris da cidade. Obra dos arquitectos Eduardo Martins e Manuel Passos, sofre ligeiros melhoramentos em 1995-99 pelas mãos dos arquitectos Isabel Aires e José Cid.
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