Oficina de Velas

Na tarde do dia 26 de Fevereiro, decorreu no Fórum de Arte e Cultura de Espinho mais uma actividade da Extensão Educativa do Arquivo - Oficina de Velas. Esta segunda actividade termina o ciclo de duas semanas, em que as actividades teórico-práticas foram dedicadas aos adultos.

As velas nem sempre foram como as conhecemos hoje !

Por volta de 50.000 a.C. a fonte de luz, aquilo a que chamamos hoje de vela, era constituída por pratos de gordura animal (em estado líquido) e o pavio era conseguido através de fibras vegetais. Uns milhares de anos mais tarde (3000 a.C.), é referida a existência de velas em forma de bastão no Egipto e na Grécia.

Talvez seja na Idade Média que este tipo de iluminação ganha o seu carácter mais misterioso, com o recurso às velas nos grande salões e nas igrejas. As velas respondiam às necessidades da época, mas acabavam por provocar um mau odor e bastante fumo (para além do perigo de incêndios).

O comércio das velas evidencia-se e transforma este bem em algo essencial, caro e luxuoso.

Com a descoberta da estearina, em 1811, a vela ganha uma nova vida, conferindo às velas uma maior durabilidade e brilho. Por outro lado, a parafina sintéctica, que hoje utilizamos na confecção de velas, surge após a 2ª Guerra Mundial.

Actualmente, as velas servem para diversos fins, excluindo a necessidade de fonte de iluminação e dando lugar à sua existência como motivo decorativo, devotivo e até romântico.

No Concelho de Espinho, existe uma fábrica de Velas...

Baseada na História do Concelho de Espinho, a oficina de Velas fez referência a uma fábrica cinquentenária, que ainda hoje se encontra em laboração.

Situada na freguesia de Silvalde, a Fábrica de Cera Manuel da Silva Rocha e Filho Lda, produz velas desde 1961.

Ao contrário do que tem sido habitual, não foi possível apresentar qualquer tipo de documento relativo à fábrica, visto que no seguimento do trabalho praticado pelo serviço de arquivo, o processo encontra-se requisitado. Mal nos seja possível, colocaremos aqui alguns dos elementos que constam deste processo.

Um grande obrigado a todos os participantes!

Ficam aqui algumas fotografias desta oficina colorida!

Oficina Dia do Pai - Avião Mensageiro

Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Data: 10 e 11 de Março e 15 a 18 de Março
Horário: a combinar com as escolas
Duração: 60 minutos

- Objectivo:
Elaborar uma prenda para o Dia do Pai, recordando o Aero Club da Costa Verde.

- Actividade:
Realização de um pequeno avião mensageiro. Que mensagem irá ele transportar?

Público-alvo: Pré-Escolar e 1º Ciclo

Oficina de Sabão

No passado dia 19 de Fevereiro, realizou-se no Fórum de Arte e Cultura de Espinho, mais uma actividade da Extensão Educativa do Arquivo – Oficina de Sabão.
A tarde de Sábado foi agradável, não só pelos novos conhecimentos, mas também pelo cheiro agradável que pairou no ar.
Como resposta aos diversos pedidos realizados no ano anterior, aquando da oficina de sabonetes, cujos destinatários foram os alunos escolas e com o intuito de alargar o público-alvo, a Extensão Educativa do Arquivo, acolheu a ideia e decidiu transformá-la em algo mais artesanal, realizando sabonetes artesanais.
A história do sabão é deveras antiga, remontando aos primórdios da civilização (anterior ao século XXVI a.C.), motivando o pensamento de que esta forma de higiene pessoal nunca foi oficialmente descoberta, mas foi surgindo de formas diversas e com materiais múltiplos. Estes sabões, que ainda não recebiam a aplicação que hoje lhes conferimos, serviam muitas vezes para limpeza de peles, preparando-as para a tecelagem.
A fórmula do sabão usado por volta de 2200/2500 a.C. está registada numa tábua de argila, o que prova a importância dos arquivos para a construção da história nos mais diversos níveis. Por outro lado, também os documentos egípcios falavam de uma substancia parecida com o sabão para preparar a lã para tecer.
A indústria do sabão só ganha importância a partir do século XIII, com uma produção em maior escala (apesar do aspecto grosseiro do sabão). Em 1789, Andrew Pears inicia em Londres uma produção de sabão transparente em grande quantidade.
Esta actividade perfumada, só foi possível com a mudança do sabão para o sabonete, facto que ocorreu no século XIX, quando o sabão ganhou cheiro – sabão perfumado.
A produção em larga escala, diminuiu o preço dos sabões/sabonetes e aumentou o seu uso na higiene pessoal.
Espinho, como terra de grandes indústrias, também não deixou passar ao lado este produto. Como já referido em anteriores actividades, existiu em Espinho uma Fábrica de Papel e Sabão. Datada de 1924, esta fábrica localizava-se nas ruas 35 com 26, onde hoje não restam vestígios da sua presença. A memória deste edifício fica-se (em grande parte) pelo projecto existente no Arquivo Municipal de Espinho.

A Oficina de Sabão/Sabonete serviu para as participantes tomarem conhecimento dos materiais utilizados na produção artesanal e realizarem os seus próprios sabonetes. A partir da receita mais simples do sabonete de glicerina, o mundo da descoberta é o ponto seguinte.

Obrigado a todos os participantes!

NOTA - Com o intuito de realizar uma actividade com qualidade, era importante o número limite de participantes. Fica aqui expresso nosso pedido de desculpas às inúmeras pessoas que mostraram interesse em realizar este workshop e não tiveram vaga.

Algumas imagens desta actividade colorida e aromática.

Fotos - Ana Moleiro

Oficina de Velas e Sabão

Oficina para adultos

Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho
Datas: 19 e 26 de Fevereiro
Horário: 15h
Preço: 2€/oficina - Inscrições limitadas

- Objectivo:
Relembrar a importância das diversas indústrias de Espinho – Fábrica de Sabão e Fábrica de Velas – através da realização de oficinas teórico-práticas.

- Actividade (s):
19 de Fevereiro - Oficina de sabão
26 de Fevereiro - Oficina de Velas

Público-alvo: Público em geral (adultos)

Inscrições e Informações:
Segunda a Sexta-Feira das 9h00min às 17h00min
Telefone: 227 326 258
E-mail: alexandra.jesus84@gmail.com